Com a chegada do frio, severo principalmente na região sul do Brasil, um cereal com origem lá no Oriente Médio ganha inestimável importância para produtores rurais. Embora há muito tempo a aveia tenha sido considerada apenas uma planta daninha da cultura do trigo, com seu cultivo sendo explorado apenas muitos anos depois, o seu papel na agropecuária brasileira é de extrema importância. A aveia é um cereal cultivado no inverno. Trata-se de uma planta de clima temperado, possui raízes profundas e fasciculadas, é extremamente tolerante ao solo, requer baixo índice de nutrientes e apresenta recuperação rápida de queimas superficiais. No Brasil, a aveia é cultivada entre abril e julho, variando sutilmente entre as diferente regiões de plantio. O cultivo conta com uma área de 430 mil hectares, produzindo anualmente 1.9 milhões toneladas, conforme dados da Conab para o ano de 2020. Este número se dá ao significativo papel da aveia na cadeia agrícola, protegendo o solo contra o crescimento da buva, garantindo maior produtividade do plantio de verão e auxiliando a pecuária na suplementação da nutrição animal em época de baixa produtividade de pastagens. A aveia protege a agricultura.A perda de matéria orgânica causada pelas tormentas do inverno é um prejuízo enorme para os agricultores. A ação frequente dos ventos e da chuva causam a erosão do solo, sendo esse o principal motivo para a acelerada degradação do solo nas áreas de plantio, reduzindo seu potencial produtivo inclusive dos cultivos de verão, devido à dificuldade de reposição da área afetada. Algumas práticas reduzem os efeitos erosivos, como recompor as matas nas margens dos rios, riachos e nascentes. Porém, uma das medidas mais efetivas está na promoção da rotação de culturas do solo e é nesse momento que a aveia desempenha uma das suas mais nobres funções. A cobertura de solo é talvez a alternativa mais difundida de plantio de outono-inverno, sendo a aveia uma importante opção de planta para realiza-la. A relevante atuação da aveia no chamado Sistema de Plantio Direto consiste na reciclagem de nutrientes do solo, promovendo equilíbrio microbiológico, descompactando-o e ainda facilitando o controle das ervas daninhas para a cultura de verão. A aveia sacia a pecuária.O período frio do ano é crítico para a pecuária. A redução drástica da produção de pastagens torna a nutrição de qualidade para o gado algo desafiador, comprometendo a produção de carne e leite, consequentemente. Para amenizar esse desafio, a aposta é o aumento da disponibilidade de alimentos, entre eles capineira, silagem, feno, concentrados proteicos/energéticos e o manejo das forrageiras de inverno. Dentre as forrageiras de inverno, a aveia é a mais cultivada. Ao escolher a espécie de forragem, o produtor deve estar atento não somente ao seu valor nutritivo, como também a sua capacidade de adaptação ao clima e ao tipo de solo. A aveia não só é resistente ao frio como se adapta muito bem a diferentes tipos de solo, incluindo os de fraca aptidão. Seu plantio deve ser feito ao final do período do verão, para que sirvam como pasto ou sejam colhidas como forragem verde, tornando possível assegurar a reserva de alimento para o gado em todas as estações. É vital salientar que uma alimentação adequada deve ser fornecida sem desperdícios e oferecer todos os nutrientes necessários de acordo com a aptidão e idade do animal. Os alimentos devem ser íntegros e sem a presença de contaminantes, além de estar na granulometria correta e oferecer fácil digestão ao animal. A tecnologia agrícola é uma grande aliada nesse momento. Equipamentos como o Machacador de Aveia MAA, o Desaristador de Aveia DSA (também chamado de “despontador de aveia”) e o Descascador de Aveia DAA realizam o beneficiamento da aveia para obter o melhor aproveitamento possível do produto no que tange à nutrição animal. Para concluir,os produtores buscam e sempre buscarão incessantemente a minimização de custos e viabilizar cada vez mais a produção. Nesse caso, seja na agricultura ou na pecuária, é mais do que justo afirmar que essa planta extremamente versátil chamada aveia ajuda a garantir os expressivos números do fortíssimo agronegócio brasileiro.
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O Agro é pesquisa, o Agro é ciência. Muito embora haja dinamismo e inúmeras áreas de atuação dentro do agronegócio brasileiro, o seu sucesso e soberania se mantém intocáveis há muitas décadas, respaldados por significativos investimentos público-privados em pesquisa agrícola. Contudo, ironicamente, o brasileiro que não atua nessa área comumente desconhece a vitalidade da ciência para a sua própria sobrevivência. Este fato acende o alerta para a necessidade de um melhor entendimento da população acerca da relação entre os avanços tecnológicos e de pesquisa com a produção de alimentos e de como isso influencia diretamente o seu cotidiano. A redução do preço da cesta básica, por exemplo, ilustra bem como a rotina acelerada e a dificuldade do brasileiro em superar os desafios diários resulta em um desconhecimento perigoso sobre do que se originou tal redução. Trata-se de algo tão diretamente ligado à sua vida e, de certa forma, subestimado. De 1975 a 2020, o custo da cesta básica na cidade de São Paulo, centro financeiro do país, teve uma queda de 40,7% ao passar de R$1065,44 para R$631,46, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), compilados pela Embrapa. (Os valores anteriores a julho de 1994 foram atualizados para reais). Muito mais do que uma eventual economia no supermercado, um dos fatores que resultaram na redução do valor da cesta básica foi o desenvolvimento da soja tropical. Incontáveis horas de estudo, profissionais e testes aconteceram para que, mesmo com a pluralidade do clima no país, fosse possível cultiva-la em todo território nacional. As transformações que deram início a essa realidade começaram nos anos 70, quando se iniciaram investimentos para capacitação de pesquisadores no exterior, assim como a implementação grandes centros de pesquisa, muito bem equipados e modernos, que possibilitaram os desenvolvimentos tecnológicos necessários para mudar a agricultura brasileira permanentemente.
Hoje o orçamento público, somente para a Embrapa, maior empresa pública de pesquisa agropecuária do país, é de R$3,4bi, e ainda conta com investidores como associações e cooperativas, universidades, organizações internacionais, empresas privadas e bancos, totalizando mais R$78mi em investimentos para projetos de pesquisas. A realidade da agricultura brasileira já é destaque internacional e gera elogios pelo mundo todo. Contudo, essa colheita poderia ser ainda maior em um cenário onde a maioria dos brasileiros passassem a associar os avanços da ciência com a produção de alimentos. Uma crença bem difundida pode gerar mais interesse público, que despertaria interesse de mais investidores, estimulando ainda mais as pesquisas que geram tecnologias que estruturam a melhoria e o aumento da produção. Em decorrência, a maior disponibilidade de alimentos baratos e de qualidade acarreta na melhoria da alimentação e renda da população. A agricultura é, sem sombra de dúvida, um dos pilares do setor econômico brasileiro, influenciando de forma muito significativa o desenvolvimento do Brasil. Para efeitos de ilustração, este único setor gera emprego para nada mais, nada menos, que 22% da população brasileira acima de 10 anos dispostas a vender o seu serviço (população ativa).
Apesar de o Brasil possuir ótimas condições, desde o clima até o solo, os tempos modernos nos deram a tecnologia necessária para não só elevar de forma estrondosa, mas também manter o crescimento desses valiosos números constantemente. Dessa forma, seria justo afirmar que a indústria agrícola brasileira, atuante nos mais diversos setores da agricultura, como colheita, pós colheita, beneficiamento de sementes para consumo animal ou pesquisas laboratoriais, também é um dos braços do desenvolvimento do nosso país. A AGQ Indústria nasceu da modernização na agricultura. Somos uma start-up localizada em Passo Fundo/RS, focada em produzir e modernizar máquinas especiais para pesquisa agrícola e experimentos laboratoriais, assim como o beneficiamento de grãos para consumo animal e transporte de sementes. Você poderá encontrar os produtos AGQ em solos férteis fora do território nacional.Nossas máquinas possuem demanda internacional principalmente na área de pesquisa. Assim como todo produto peculiar, os da AGQ são produzidos em pequena escala, atendendo as necessidades específicas de cada demanda, com diferentes configurações e ajustes simples, satisfazendo anseios exclusivos de cada cliente. |
Equipe AGQ:"Queremos traduzir a atuação da empresa em leituras rápidas e dinâmicas." Histórico
May 2021
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